Eu sou a Beatriz Dispinzieri, e escolhi falar sobre a teoria da bala mágica criando uma relação com o rádio, pois, desse modo, é possível também fazer uma conexão com o audiodrama.
Entre vários pontos dessa teoria, fazer com que o público reaja de uma mesma maneira a um estímulo específico sem considerar aspectos individuais é bastante utilizado em diversos programas de rádio e de podcast, muitas vezes utilizando músicas e sons não verbais para atingir esse efeito.
Vou explicar essa relação através de exemplos. Ao usar músicas e sons voltados para o terror e suspense, como é usado no audiodrama Incorpóreo, tem como objetivo fazer com que o ouvinte sinta medo e fique apreensivo com o que está acontecendo no audiodrama e isso é feito com a intenção de que todos que ouvirem esse episódio sintam a mesma coisa, desenvolvendo um papel de manipulação de sentimentos sobre o ouvinte.
Isso acontece nos programas de rádio ao utilizarem da mesma tática. Usam trilhas para manipular os sentimentos do público, como por exemplo ao usar uma música triste ao fundo de uma narração para dar alguma notícia, o que induz o ouvinte a se sentir mais emotivo, assim como ao ler uma carta ou mensagem de amor é usada uma trilha romântica e sedutora para causar uma sensação maior no público, manipulando todos.
Isso se prova bastante eficiente pois é usada a todo momento, e causa o efeito desejado. Sem contar que muitas vezes as trilhas e sons são os mesmos ou muito semelhantes, o que amplifica essa manipulação pois quem escuta já se acostumou com a ideia de que determinado som significa algo em específico, causando sentimentos específicos previamente programados.
Ouça o áudio abaixo. Contém uma versão adaptada e narrada do texto acima.
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